sexta-feira, 10 de março de 2017

Três Aplicações de Marcos 4:35-41 (Jesus acalma a Tempestade)

“E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água. E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
Marcos 4:35-41 (Grifo meu)

Esta grande passagem nos traz infinitas e importantes lições para a vida de todos nós. Destaco apenas três aplicações importantes para nossa vida diária com Deus.

A primeira lição nos apresenta a necessidade de estarmos sozinhos com Jesus diariamente na busca de sua gloriosa presença. O versículo 36 nos diz que “E Eles, deixando a multidão, o levaram consigo”. Jesus é uma pessoa. Ele espera que nos relacionemos diária e intensamente com Ele. É com frequência que nos pegamos quase “sempre” em meio à multidão, desesperados pela companhia do “outro”. Estar em meio às pessoas não é e nunca será ruim. Porém, seria Deus menos importante que as pessoas? O fato é que nos esquecemos de Deus durante a maior parte de nosso dia e, ao final do dia, tentamos realizar aquela “caprichada oração” do desencargo da consciência, resultando em pouca ou nenhuma intimidade com o Pai. Nossa intimidade deve ser constante e profunda com nosso Deus, no íntimo e secreto de nosso ser, num local acessível e agradável para estar a sós com o Pai, como nos diz Mateus 6:6. Devemos deixar a multidão e viver Jesus Cristo a todo o instante através de profunda oração e leitura da Palavra de Deus.
A segunda aplicação diz respeito aos ventos e temporais da vida. Eles sempre existirão. Nesta passagem, os fenômenos da natureza significam dificuldades, aflições, desânimo, medo. “E levantou-se grande temporal de vento...” (v.37). É ainda com completa ignorância que muitos cristãos não entendem que seguir e servir a Jesus Cristo é diferente daquilo que está sendo pregado na maioria das Igrejas deste País. Não é ausência de tempestades, temporais e ventos, mas sim a plena confiança que venceremos através de seu amoroso sacrifício na Cruz do Calvário. Em João 16:33 a Palavra de Deus diz: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Devemos olhar para Aquele que venceu o mundo!
A terceira e última aplicação está no versículo 38, que diz: “E Ele estava na popa dormindo”. Os discípulos entenderam que Jesus os tinha abandonado e que o Mestre estava insensível à situação no barco. Imagine o que eles pensaram, algo do tipo: ‘estamos perecendo; iremos afundar; meus filhos, família; meu barco’, e o Mestre dormindo, como pode isso? Tenho absoluta certeza que este é o nosso pensamento diante de situações semelhantes: “Onde estás, Deus?” Passamos a entender equivocadamente que Deus nos abandonou e que está dormindo na sala de seu Santo trono. Os discípulos o chamam de Mestre, o que dá a entender que conheciam quem era Jesus, o Filho de Deus. Contudo, conhecer nem sempre significa e implica ter intimidade. Eles não entenderam que Jesus não deixava de ser Jesus naquele momento em que estava repousando ao cair da tarde. Deus é Deus e necessitamos aprender com zelo e temor que Ele trabalha em todo o momento, mesmo que coisas e circunstância digam não e aparentemente nada aconteça. Deus é Deus. Ele é vivo e não dorme diante do barco de nossa vida.

Que Jesus seja o centro de sua vida. Que esta Palavra encontre lugar em seu coração.


Deus a abençoe!

Marcelo Correia
Equipe Jovens da Palavra 2017

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